"Você virou má",
diz o Bento em sua história,
que nem sei memória de sentidos,
ou se sentidos da memória,
do que se sonha que foi ou se sabe que será?
O que será da inconstância de meus alaridos?
Que será de minhas querências,
minhas velhas e desgastadas aparências,
meus sonhos que de já tão velhos, coloridos?
Um Bento menino me venta um zumbido:
O eterno alterna ser eu bom e mau,
e bom, que o infinito me teceu,
feito projeto santo, a se santificar no ardil,
do dia e do outro, e do estouro quase escondido
que eu, meticuloso estrangeiro em solo meu...
Vou me peregrinando,
pra aos poucos, encontrando,
me achando nos meios,
fazendo-me espírito e corpo: esteio.
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