sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Cantai, ninguém!


Cantai, oh quem me olha!
Vibrai, cordas desta harpa que eu sou
Tantos ais, tantas hordas do que sobrou
Tantos tijolos de dor a fazer vitórias...

E as plantas das horas, ensinando tempo
Exalando cantos pelos centros
Pelo meio do coração, desde dentro,
E nos vazios, sempre o vento.

Pois o infinito nos borda, dia-a-dia!
Com cores das crenças, cada um
Fazendo-se conforme mais nenhum,

Pois o inexato rompe a alegria,
E o que era pranto canta porque tem

Sempre o inédito, todos, ninguém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário