Eu era uma vastidão, nos meus internos,
nos meus eternos vertedores da candura,
onde a beleza é o que vibra rara e pura,
e minhas feiuras se mitigam em amores ternos.
E nada mais me assombrava, então, minha fé,
nada mais cozia o destino das paixões e medo,
e me sentindo desbravador, o calor do enredo,
cantiga de enlevo, quando se canta o que se é....
E quero seguir, pois que o caminho urge,
como a leveza dos destinos, quando o vento
dá ao barco, forte e lindo movimento,
vou cortando águas, barco-leão que ruge,
nas águas frias da baia dos vivos, cantando,
um robusto antepasto pr'esta minh'alma singrando...
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