quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Infinitos


O carinho abre portas?
Quem somos estes 
que aqui partilhamos
e nesta estrada sem sonos...
Rampas subimos,
escadas e morros
e pedidos insensatos de socorro
nos conduzindo às mesmas voltas?

O valor de tudo eterniza?
Quem sabe onde 
se vai a estrada que segue
(seguimos como quem não a percebe)
mas ela prossegue,
como a nata que ferve
quando o leite se aferventa sobre o fogo
e faz transbordar a alegria que o samba de coco, pisa?

Eu mesmo sou chama que bruxuleia!
Temo onça no mato,
temo o dia virado, no mar,
e um sujeito que não tenha o que perder,
da minguante à cheia,
em todo lugar
eu temo porque amo este meu tempo nato.

E hoje, exercito meu antepassado grito:
Quero a Paz ajustando meus infinitos!

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