terça-feira, 4 de novembro de 2014

Minha reza


Cantiguei em mim uma rezinha,
destas que se faz no miúdo, no piquitim,
num quase silêncio (parecia assim....) 
que um, quase nem escuta a própria vozinha...

Esta minha reza, uma fala piquininha,
rouca e escondida, ao ponto dum sussurro,
parecer um grito solto no susto do escuro,
minha rezinha de nada, vento e passarinha...

E pouco a pouco a vida vai tomando a toadinha...
João de Barro traz tesouro do chão,
e dona Joaninha entoa com ele nova canção,

e uma Saíra bate na janela, e a própria ladainha
da vida, menina e suave feito um Andorinhão,
minha reza, minha volta ao meu lar do coração.

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