quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Onde o infinito se esconde


Na era da Paciência, quem a tem?
No tempo das igualdades,
na feira, na fila, na esteira em noites de amenidades,
no caminho que pelos estreitos de aqui e além,
num caminho de saudades e voltas,
num planeta redondo, de dobras...

Eu era como um arroio entre pedras.
Um assombro entre as velas e paredes,
entre esteios, verbos, vastos campos e batentes,
pastos onde entes casmurros, cada flor quebra,
cada sorriso esvoaça, borboleta latente
num mar denso de tubarões de afiados dentes...

Nesta era de infortúnios, e de Fortuna crescente,
cada vida no vento é bandeira e velame,
é esteira de arame que arranha e se solta insone,
e as Camélias, Bromélias, Jequitibás enormes,
e um pequenininho eu vertido no que se chama gente,
no que se planta e come, se consome, se sente...

Os dias da Vitória são agora nesta força.
Eu salto como a rã, cavalgo o vento que lambe
montes, Cordilheiras, poças de lama onde o João de Barro cante,
onde o Andaluz cante seus Cânones dos pulos da Corça,
e o Sabiá seus virados de geniais renomes
de abissais e estonteantes, onde o infinito, pequeno e tão bonito, se esconde... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário