quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Beijo


Ouço a Poesia que se estende
pelas matas e campos e vales,
e sombras, e eternidades fugazes,
canteiros e sobras, onde exista gente...

Escuto um canto que vem de longe.
Odes e odes que já foram cantadas
em noites de alegria, outras cansadas,
outras perdidas na dor que se esconde,

na tristeza sem par da guerra, na alforria,
no caminho que conduz ao alto,
no espinho que reduz o ímpeto,

e vejo a Deusa, que se veste de alegria,
me acenando, meu coração em sobressaltos,
quando sinto o ímpeto do beijo da Poesia.

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