sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Transitoriedade

Maria Nanin

Eu era uma sólida vista,
uma escondida via por viver,
um inédito e repetido re-ver,
re-destilado, repita, insista!

E nestes retalhos de sentidos,
eu, como fosse um atalho,
sendo a sombra do ato falho,
a encarar o bem maior vivido.

E nas vertigens desta corrida,
velocidades além do tempo,
o espaço se soprando em vento,

e as infinitas possibilidades da vida,
e as infimamente pequenas vaidades,
que me lembram de minha transitoriedade.



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