quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Dançar até nascer


Quase não usamos nossos corpos,
quase não sentimos mais das forças
destas terras onde já saltaram corças
saltamos outros nós, ouriços e porcos,

e nas sombras das árvores que nos viram
os mesmos raios do Sol generoso
que ilumina os seres de todos os remansos,
de escarpadas encostas, onde tantos caíram...

E hoje, que a chuva, de gentileza, molhou o dia,
eu me chamo e ao meu corpo pra colher
Pequis, Araticuns, Araçás, o  que mais tiver,

o que mais do chão nascer feito alegria!
Tanta festa que os passarinhos todos vem ver,
tanta Música e Fartura, dançar até nascer!

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