E o Vento, menino incauto,
ancião peralta e sensato,
faz a comida e lambe o prato,
ladeira sem cansaços, sobressaltos...
O Vento, respiração da Força,
lambe as orelhas da criação,
da pedra, água, árvore, chão,
a grama que alimenta a Corça...
Este mesmo Vento me lambeu e lambe,
como a cadela ao cachorrinho,
que nasceu, novo ventinho,
que dali há de ser vento grande,
manto e cocho, eu, ar e comida,
onde se viaja em velas nossa vida.
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