quinta-feira, 23 de abril de 2015

Soberano




E o corte, a vertente de minhas águas,
a rua em mim por onde se escancara
por se esvai esta existência intensa e rara,
é o Tempo, o senhor das Leis das Tábuas...

Ele, caminha e segue sempre, Ele,
principio e estatura, vergada verba,
pura, estática e inexata, se move lerda,
e se para, obscura, Radiante Solar D`Ele...

E em seus pensados passos se surtam
suas amnesiais estadas entretidas,
entre vagantes, vagas espumantes da vida,

subindo e descendo, e subindo se mudam,
e mudam a mim, e a nós, na toada contida,
vendo o Supremo, a que ver o Tempo convida...

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