segunda-feira, 13 de abril de 2015

Um canto de Viola

Marin Marais, e sua Viola da Gamba

meu canto são bodas de entrega,
ao que parece letra e travessa grande,
esfinge que não se esconde,
meu canto/tempo me atravessa,

e nas vergas de naves antigas,
velejo o vento no meu corpo/nau
sinto o repouso e o repuxo abissal,
que verte em águas de cantiga,

e reverte em sopros de Viola,
como a certeza das horas e ais,
a beleza dos bichos, cores vitais,

cores do assombro que, sola,
e cria etéreas variações mais findas,
mais soltas, leves, lustrosas e lindas...

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