domingo, 24 de maio de 2015

Onde o mar se remansa


Era de ambiguidade, e de delícia,
como a sombra da eternidade amiga,
fosse eu quem canta esta cantiga,
fosse os rumos que esta vela propicia,

ao meu corpo-barco, viajante cantador,
os velames cantados nesta pequenina,
estrada esteira e estante de minha sina,
que em mim atravessa mares de dor,

pras praias de areia quente de alegria,
que verão cantorias de fé e esperança,
e farão de cada dia altas marolas crianças,

pequenos ventos nas espumas frias,
que cada onda reserva, guarda e lança
nas correntezas, e até onde o mar se remansa...

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