quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Sopros encantados


No meio do mundo, cantei
bailes de festa,
mortes, nascimentos, serestas,
e por todo canto encontrei

o que em meu canto
se clamava, e se clama,
feito a brisa na grama,
ante o mar, todo espanto...

Sei que meu canto é pedido!
Grasnado, zunido, balbúrdia,
que diante da beleza, chafurda,

mas nele, tenho me reconhecido,
e ainda há, em mim, de ventar,
os sopros encantados do cantar.

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