domingo, 22 de maio de 2016

Chama que ardia


Olha o mato, prato,
pronto e perfeito,
carbono em peneira,
ciscando poeira,
aves criadeiras, 
entre tantos e pleitos,
vastos campos e espaços.

O perfeito estrato,
cândido e etéreo,
virtualmente abstrato,
cultivadamente 
dado em mistério.

Então, só por assimetria,
eu me queimava,
enquanto flutuava,
e ainda caía...

E cada vez,
nova vez,
levantarei,
levantei,
e me levantava,
em cada chama que ardia!

Um comentário:

  1. Meu caro Chico, lindo poema tributário à natureza e memorialista com boa dose de reflexão. Parabéns, Mousinho.

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