Desapego
O que conta, afinal,
nesta vida de sonhos,
de irremediável e risonho
rumar-se ao final?
Seria buscar o tal,
o remédio sonhado,
e não ser acordado
pelo dormir fatal?
Ou será aceitar
que a carreira tem barra,
que todo sonho amarra,
o vivente ao ressonar?
E pra ir pra além
se deixará, de ser alguém?
O último nó de nossa servidão se encontra naquele ponto onde o exterior se torna um com o interior, onde o mecanismo do próprio ego se sutiliza ao ponto de desaparecimento e onde a lei de nossa ação é enfim a unidade que abraça e possui a multiplicidade, e não mais, como agora, a multiplicidade esforçando-se para reproduzir alguma imagem de unidade. Encontra-se aí o trono central do Conhecimento (...) observando seu mais vasto domínio; aí o império do Self e do seu mundo; aí a vida no Ser eternamente consumado e a realização de Sua natureza divina em nossa existência humana.
ResponderExcluirSri Aurobindo