quinta-feira, 4 de agosto de 2016

De mim, em tudo


O Poema me chama,
como uma gata no cio,
como a um peixe, o rio,
como a quentura da cama...

Este Poemar falante,
umas vezes tem sal do mar,
ou a doçura dum afagar,
e ainda outras, é distante...

No entanto, me traduz miúdo.
Como fosse radiografia,
feita de caligrafia,

ou de dígitos mudos,
de imagens de todo dia,
em que me falo, em tudo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário