Eu era vazio, cheio,
intenso, preso e solto,
amargo, adágio de esteio,
adaga em mar revolto,
perambulante e vazante,
audaz, e capaz de saltos,
porque silencioso sobressalto,
eu em meus intensos instantes,
voava e voo do agora,
ao vago do afago de antes,
ao plácido infinito gestante,
porque só me pinta a Amora,
só me canta o Sabiá na Roseira
da cor da Pitanga, da Pitangueira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário