domingo, 19 de março de 2017

À esmo...


Quando o nada
vagava no vazio,
e sem Onça, sem cio,
sem mato nem Paca,

e nem Vento, nem Lua,
nem estrada, desejo,
sem o gosto do beijo,
sem ver a dor nua...

Neste tempo tudo
se engravidava de quem
de tudo se fez e vem,

este, aquele absurdo,
o impensável eu mesmo,
inventando-me em outros à esmo... 

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