segunda-feira, 31 de julho de 2017

Da fundição da Poesia

Sobre obra de Oscar Pereira da Silva

Nesta casa/eu, 
em que me habito
tranço, transo, palpito,
(neste disto que me verteu),
sigo sonhando atento,
pra perceber, do vento,
o que me acontece e aconteceu...

Esse senhor, o movimento
do ar trazendo cheiros,
me entende inteiro:
d'onde vem o pensamento,
desde que se o pariu,
o falado e o que se enrustiu,
o de fora, e o de dentro...

Assim, este Poetar cingiu
as ancas da Poesia,
se verteu a latomia,
e o texto a si se produziu...
E com os rins aquecidos,
de Profeta arrependido,
este ser/Poema, de tudo, se fundiu...

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