quinta-feira, 24 de maio de 2018

Das vistas...


Como saber do vindouro,
do errático, do incerto,
se na virada tudo perto
ou longe cheira à estouro?

Como fosse inverdade o próprio,
a vida dada como tesouro,
a história compartilhada em ouro,
em sangue, em dor, em ópio...

Eu vejo este tempo de desterro,
de inexatidão e angústia,
inverdade, falácia, astúcia,

notável como seria um berro,
velada como vergonha moralista,
que faz, e esconde das vistas...

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