terça-feira, 14 de agosto de 2018

Desapego



De uma cantiga antiga,
que eu mesmo fiz,
das dores que me impus,
de tempos de tanta intriga,

eu, renomado passante,
que está, e já não mais,
barco sem bandeira de cais,
celebro a eternidade do instante...

Porque só nele, de fato
sei tecer teias  e melodias,
plantar Rúculas, Alecrins e alegrias,

penso, que antes de feto...
Hoje então me dedico,
a perpetuidade do que abdico...
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário