quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Vitória!

Pra onde ir, o que fazer?
Não sei ao certo se o que farei,
Nestas horas, em que me bate o desalento,
É a verdadeira razão deste meu padecer,
Ou a verdade inteira que presenciei,
Quando não sabia o que estava fazendo...

Fato é, que se não sabia,
Como saberia pra onde ir,
Como romper com as presenças,
Daquilo que me constituia,
Da forma como é meu existir,
Sem que ser, fosse minha sentença?

Em meu peito, arfante, cresce um aperto,
Como uma dor sem razão, que avança,
Como uma agonia sem jeito que antes, dói,
Porque nem sempre o que consigo é o certo,
Porque quero uma certeza que alimente a esperança,
Como quem depende da casa, enquanto a constrói.

E estando eu assim me chega aos ouvidos,
Um sussurro que transforma gastura em alento,
Como a delícia, após o almoço, de um docinho:
Que é a verdade de que só, não tenho vivido,
De que me acompanham seres de amor, que pelo vento,
Quando mais sofro, e sinto, me enchem de carinho!

Então, já não temo saber pra onde irei,
E onde se encontrará o destino desta vida
E quando cessará a dor de colher tantos espinhos,
Pois que comigo estão Rainhas e Reis,
Que ao meu lado batalham por esta minha lida,
E a Vitória é o destino único deste nosso caminho.

2 comentários: