Cavaleiros percorrem meu peito,
Num tropel de lanças, ruídos, ventos,
Procurando por sangue, soltos, sedentos,
E o encontrando em meu coração desfeito!
E nada, nada posso mais me permitir,
Que soltar-me as amarras da nau...
Deixá-la ir onde o mar se encontra com as dunas,
Onde qualquer vela se enfuna,
E o mar não é nem bom, nem mau.
Ali,
Posso me deixar, me permitir,
Como a flor de alivinha,
Roxa, pequenina, de um dia...
E nada além de ser e fazer, naquele instante, a vida mais plena,
É sua alegria,
Faz graciosa sua vidinha.
Mas os tais cavaleiros que me percorrem,
A pisam, e nem a vêem,
Nem quando morrem...
Nenhum comentário:
Postar um comentário