quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Da obra!

Eu nem sei bem ao certo quanto tempo leva,
Pra fazer uma obra que não se perca,
Que não pare ali, na beiradinha daquela cerca,
Que nos cerca da mediocridade que, de fácil, enleva...

Quanto tempo, afinal, isto leva?
Quantas penas, e duras horas,
Quanta gente se levanta e se subleva,
E não aceita ser apenas quem chora?

Quanto apelo ao eterno se deve fazer,
Pro que aqui, o que nesta passagem deixamos,
Não se misture ao sujo dos panos,

Em que dormem os cães, de pulgas e prazer,
Em que passam os velhos assustados levianos,
Que às obras nossas, nós assustados deixamos?

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