terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Minha esperança

Eu nem me encontro, e nem me avisto,
Quando me procuro nas confusas desavenças,
Que se sobrepõe ao superior das minhas crenças,
Que são mais essenciais à mim do que o que visto,

Mas sim em tudo o que foi visto, e se viu na claridade,
Em tudo o que foi passado de amarrotado à liso,
De sujo à limpo, de molhado à seco, do buraco ao piso,
De superado pela idade, do velho à novidade,

É nisto que um dia irei por mim me achar,
Nestes lampejos dos feixes de luz que brilham,
Vindos não sei de onde, que os céus nos partilham,

E nas voltas das copas das árvores vão se pendurar,
E como frutos da laboriosa lida, que é nossa vida,
Hão de adocicar, e fazer renovada a estrada sofrida.

2 comentários:

  1. Amigo querido,
    Esperança a estrela que não se cansa, e quando cansa, sabe que quem canta seu males espanta... Bom dia de novas inspirações,
    Um abraço,
    Amanda.

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    Respostas
    1. Amanda linda e querida flor, que enche de cores e perfume esse nosso tempo sobre a terra. Grato pela gentileza graciosa e delicada de sempre. Um grande beijo.

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