terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Canção da madrugada!

E o que fazer deste meu canto,
Enclausurado, "na medida certa',
Na atitute sensata, comedida e esperta,
Na mesmice que não causa espanto?

O que fazer desta minha rebeldia enlatada,
Enlutada por perder o afã insensato da luta,
Que não vai até onde o abismo se executa,
E confere as amarras, antes de se fazer lançada?

Até onde posso criar se me reproduzo no previsível,
Me reduzo no que, antes de tudo, perfeitamente dizível,
No que, da sacada do que não é sacado, saca o nada,

Humilde e infinito nada, anti-matéria de onde vem o combustível,
Que pela ignição dos contrários, tira do armário o impossível,
E faz sozinho a canção mais bela de todas as madrugadas?

Nenhum comentário:

Postar um comentário