Nesta vastidão onde espero o arremate,
Feito um cavalo perdido no deserto,
Abandonado de seus freios, sem saber ao certo,
Pra onde ir, sem a guia do chicote que lhe bate!
Aqui onde o infinito joga seu jogo, aflito,
Eu, em minhas considerações exasperadas teço,
Um pano de vertigens, se obedeço, se não obedeço,
Que me cobrem, se penso ou não, este conflito.
E nas voltas resolutas que o destino prepara,
Entre vilanias e valores absolutos eu sigo,
Pardal na ventania, buscando fazer o que digo,
Pois que a honra surpreende com alegria rara,
Que rompe as amarras indo além de prêmio e castigo,
Dando ao movimento, de cada um, a verdade consigo.
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