domingo, 31 de março de 2013

Vazio

Eu era um passo, quando inda era isso,
Um vaso, um vício, uma valsa a ser dançada,
Pela moça antes debutante, agora já debutada,
Em seu desafio, meu, de seguir mantendo o viço!

Seguir mantendo a vitalidade, que já não tinha
Nos passos, nas visitas à pátios e sacadas,
De escolas, jogos de bola, crianças maldentadas,
Nisso tudo eu era nada, e só nada me convinha!

E agora, de onde esta vista me permitiu avistar,
Eu que nada fui me permito sonho inconsequente,
Como andar estando sentado, criança ir na frente,

Como um palácio no fundo mais fundo do mar,
Cravejado de jóias, eu cravejado da contundente
Vastidão deste  vazio que me preenche inteiramente!

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