O Pixorolê quase comeu em minha mão!
Tamanha a proximidade de seu movimento,
Tamanha a alegria de meu contentamento,
Tanta foi a algazarra que gritou meu coração!
Gritou, e o passarinho se foi na manhã,
Como um novo rumo do vento no infinito,
(Vento e passarinho tem medo de grito,)
E meu Pixorolê, sem dar "voi", saudade vilã...
Saudade do que só imaginei, seu biquinho,
Comendo em minha mão, cena Franciscana,
Pureza primordial, que à alma não engana...
E eu ia quase ficando triste, acabrunhado, mesquinho,
Quando o amarelo transcendente do Bem-te-vi,
Me lembrou do que os passarinhos representam pro existir...
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