terça-feira, 13 de agosto de 2013

Caminhando na arrebentação




Mas o que mais mesmo, me redime,
É o que pode ter havido de bonito.

Nem mesmo um plano que se define,
Pode ser ao mesmo tempo são e finito.

Que se dirá de mim, nesta sombra de Viola,
Esta canção que me prega aqui e me descola,
Me acorrenta ao fundo do mar, e me faz sonhar,

E é na arrebentação que se vê o que está além do mar,
Onde a força da onda que vem na água parada,
Soluça seu canto etéreo e solto, e mais nada,

E eu que tão pouco pude auscultar, já posso entender,
Que nesta multidão em que me embrulho, pra lá dos embrolhos,
Caminhar me faz per-ceber os rumos e abrir os olhos...

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