quarta-feira, 2 de abril de 2014

Criar



Criar é como permitir.
O Poema nasce da onda
Do mar, o ar, nossa cobertura redonda
Faz ventar o novo, e a folha velha cair.

Isto é o que se pode sentir,
Se pode pensar,
Se o sujeito se sujeitar
Aos armadilhamentos do existir,

E se deixar levar por alguém ensinar,
O que não se pode aprender,
Nesta ou na que vier,

Ou na que foi deixada com as folhas do pomar.
Ou nas andanças deste meu viver,
Solta impresença, imprecisa sentença de me verter.

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