domingo, 4 de maio de 2014

Grande

O infinitamente belo se lambe e leva,
Eleva o passo num desencontro sincopado,
Como o passeio do laço, nó no ar voado,
Que prende e traz, faz o ser soar a queda,

E um breve sopro de vida que no mar da beleza nada,
É tão puramente belo que se desprende e voa,
Evoé! Evoca a certamente séria canção que destoa,
E se toca em instrumentos enquanto é desenhada,

A própria vida, a leveza que nos trouxe e volta
Conosco pro lugar de onde todos viemos,
Como barcos neste lago de viver, vivemos,

Sabendo que será chegada a hora da volta,
A hora da ida, que há de trazer a quietude,
Belo silêncio cantante, como toda de Deus atitude.

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