sábado, 3 de maio de 2014

Mar de criação



As palavras, pequeninas e aventureiras
Como um ser unicelular, uma pequena planta,
Pode se perceber, e ao oceano em que se planta,
Soltas nas marés das águas de todas as maneiras.

Velhas palavras, encontradas no balanço,
Da maré, pra lá, pra cá, subindo e descendo,
Se encontram as vezes sem estar querendo,
Fazendo a branca bandeira da onda se crispando...

Ali, o além se troca com aqui, e geram aquém,
E os sentidos vão por caminhos inéditos,
Ele mesmo, de quem não se publicou créditos,

Estes então, acreditares, altares de vai e vem,
Vinhedos de grapas verdes, castas e castanhas,
As palavras criam todas as castas desde as entranhas.

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