terça-feira, 3 de junho de 2014

Hábito do Tempo


O Tempo é sem corte!
Quem se corta, sempre, somos nós.
Estes viajantes que tantas mortes,
nós de nós mesmos, azuis do Sol,
canto de água que cai de ribanceira.
cascata de Luz molhada, molhando-nos sós,
estrada de centros e beiras,
Onde se cai enfeitada em ser cachoeira.

O Tempo é eterno.
E macio e dengoso e paciente,
e velado e inusitado e desafiante,
e invencível, indeterminavelmente onisciente,
fatal, fugaz, esfuziante. 

O Tempo não palpita, nem para de palpitar.
Tempo que é Tempo se deixa por si,
Se entrega quando entra no mar,
Se afoga em cada coisa que vê que vivi...
Que tu viveu, e ainda há de encontrar,
pois que o tal senhor Tempo tem por hábito eternizar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário