sábado, 5 de julho de 2014

Ainda sinto o vento

Ainda sinto o vento.

E tudo mais se deriva disto,
do ar que dança, se fazendo visto
no bailado que ginga em cada, por dentro...

Ainda estou por aqui,
ainda ando e sinto meu peso,
e corro nestes Cerrados, meu corpo teso,
do prazer de poder provar pequis.

Ainda falo, com quem me vendo,
me faz voltar ao senso dos Manacás,
das eternas delícias de Araçás,

a sensação exorbitada pela qual entendo,
que a alegria só pode vir dos banhos,
em que de ar me lavo, eu, tão estranho...

2 comentários:

  1. Lindo, belíssimo poema... parabéns. Abraço fraterno.

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  2. Lindo poema, infelizmente, a triste realidade de tantas famílias.... abraço fraterno.

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