sexta-feira, 18 de julho de 2014

Nada de Tao



Tudo um lapso, uma mordida lânguida...
Um cadafalso onde o abstrato nada,
sem tato, sem absolutamente nada,
Um absoluto que resoluta se dar lambidas....

E se dá refazendo seus próprios sensos,
se re-pensando em cada palavra colocada,
em cada tiro no caminho, passo na estrada,
piso falso onde antes existido perfeitos pretensos...

Assim me subo, uma mão assustada,
de cada vez segurando o próximo degrau,
o pé passando mal sobre a altura abissal,

subindo muito quase centelha sobrada,
de resto de fogueira, fim de feira, matagal,
os sentimentos vertendo-se em nada de Tao.

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