Então, mano velho, como não cantar?
Maninha, (cuja figura sempre me alegra,
o próprio cantigar, de Rumbas etéreas),
onde o coração, que se faz em arrelias,
que enfeitam este, e outros dias,
com que sigo... Como não cantar?
Como não, este fado d'outrora, despejar?
Corre em mim este rio, que do Salvador tem cantado
tantos e tantos fadistas,
amigos, tantas odes e vidas,
tantas dobras no caminho transitado,
tanta lida... Como não cantar?
O frio da madrugada me pergunta: "Como não cantar?"
Olhando pra vida onde as noites sucedem
na dança do Tempo que sem saber dançamos,
dos passos certeiros por onde nós vamos...
O calor do Sol há de vencer o medo dos frios,
pois da mesma forma, em outros desafios,
tudo só fará sentido à partir da gente cantar...
Por isso esse Poema me pede pra lembrar
de sempre pedir,
e sempre, sempre cantar!
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