Violeiro, mas antes de tudo, Mambembrincante. mambembrincantes@gmail.com (61) 99255-4066
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
domingo, 26 de fevereiro de 2017
Luz
Um canto soava
ao longe, de perto
do vasto e deserto
ao que, ao lado, morava...
E este era e sou
eu, e este corpo
que tantos corpos,
tantos oceanos e voos...
Pra seguir esta missão:
"cantar o que vejo
onde quer que esteja",
e me deixar à exatidão
desta força do rio que conduz
ao que seja, pra nós, Luz.
sábado, 25 de fevereiro de 2017
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017
A gente
Há os cantos
de cada Passarinho
que piam sós, ou juntinhos,
(feito seu João dos encantos
e dona Joaninha dos carinhos).
Eu canto,
não como quem sonha!
E
que a verdade se exponha:
Este mundo sem prantos,
toda gente risonha!!!
Não de rir
de si mesma tristemente...
Antes, de se entender agente
principal do novo, que há de vir...
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
Tudo contido
O humano cria
pelos olhos os tudos,
que inadvertidos,
compõem esta harmonia,
esta alegria,
e cada um dos absurdos...
A humanidade
em seus ares de sobre
com seus dentes de sabre,
abre os lacres
sem saber os contidos
e se perde, e aos sentidos,
ante os gazes acres...
Este humano diria
que se a vida é,
nem volta, nem veio,
nem largo esteio
feito o meu pé...
Viver é sido,
e no que sou,
tudo está contido.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Indignação
Entoa em vão,
meu canto/perguntação?
Eu quero mesmo saber
porque alguém seja mais
e dono de flores e ais,
mesmo com gente sem comer...
Entende? Feito faisca
o Beija-Flor, luz arisca
flor em flor a beber....
Assim a vida pisca,
seus anúncios de sabonete,
e a subserviência em fracos falsetes,
então? Porque re-soa este chão?
Por indignação!!
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
Tudo, todo
Sendo, sentindo
seguindo e vendo,
imaginando o lindo
em tudo que vertendo...
Soando, vibrando,
em cada corda batendo
em tudo Berimbando,
suspiros Violando...
Um vago eu passeia
entre as notas do mundo
feito Grilo vagabundo,
ouvindo como quem tragueia,
e o que me embriaga, me guia:
que é o som de tudo, todo dia...
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
domingo, 19 de fevereiro de 2017
sábado, 18 de fevereiro de 2017
...e os Beija-flores...
A palavra bate
as vezes, numa tecla,
ou nos reveses
de uma pele...
As vezes, a pele late,
as vezes mia, rosna, fala...
As vezes,
nunca mais cala...
Isto a que chamamos:
"Palavra",
em qualquer canto ou sala,
é a nossa fala!
E cada construção
já a muito tempo mostrava
que o que a gente fala
é nossa própria ação
e faz este nosso mundo escola.
Faz as fontes e os licores,
os desertos e as Formigas,
as florestas tão antigas,
e os Beija-flores...
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017
Riqueza real
A única real riqueza
é a que se pode traduzir
em equipamentos de viver.
Assim, rica é
a pessoa que tem grama cortada.
Que quase nunca é
quem sabe cortar, e a corta.
O homem proprietário
da máquina que faz
o dinheiro,
o faz ao seu inteiro
desejo economiário...
(O mesmo que faz,
a gente que sabe,
não fazer pra si,
e fazer pra quem dinheiro traz...)
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
Direção
Quando se vive
o que se faz,
se o erro transgride,
a vida nos re-faz
e um dia novo traz
tempo eterno e livre....
Que esta nossa jornada,
de tantas cantigas
de grãos nas espigas,
estações de farturada,
se mostre pra gente,
no que temos pela frente...
Que esta alegria
que verte das mãos,
pés e Mães, coração,
cada palmo de chão,
mostre todo dia
nossa intuída direção!
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017
O mel
O medo é certeza
do fim à frente.
O frio tira a destreza,
que nos devolve o quente.
Tudo que existe, invento
cada minuto sentido,
cada zumbido no ouvido,
tudo é do pensamento:
O Mar, que quebra suas ondas,
a flor de mel que amarela,
a cama onde jaz a donzela,
o infinito, que no menino desponta,
a montanha, a estrada e o cinzel,
a liberdade, a claridade e o mel...
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
Cantos
![]() |
Marote |
As encruzilhadas
dos trilhos que seguimos,
já seguidas,
investidas elas mesmas
de cada dia
de nossa vida,
das dores,
e das alegrias
sentidas, e os sabores...
Cada manhã
se levanta de Sol e sombra
e se encanta
com Bem te vis e Pombas,
Sabiá que canta,
João e Joaninha,
de estrada, e florinhas,
gentileza e plantas,
Fadas e Pirilampos à noitinha...
Eu sigo daqui,
procurando cantos
em que soar meu canto...
domingo, 12 de fevereiro de 2017
Sinfonia de tudo
Uma vez, a muito
tempo, na estrada
onde corria e corre nada
que não este vulto
que é chamado dia
a dia envolvido
numa carreira sem sentido
numa fluente agonia...
Pois bem, esta vez
alguém inadvertido
parou e se fez percebido
do Sol nascer atrás,
de nuvens escuras e claras,
com sinfonia de Bem-te-vis e Araras...
sábado, 11 de fevereiro de 2017
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
Qualquer hora
Adornada com Cravos,
com coroa de Rosas,
Louros, em cola resinosa,
chegou quem amansa bravos
e é Senhora do Tempo,
e é o perfume do vento...
O que vem de fora,
chega com o que é
daqui, de toda mulher
de cada senhora,
neste momento exato,
em que a menina lava o prato...
(a menina roubada
por uma ancestral
escravidão "normal"
por normas inventadas
pelos donos
das gentes escravizadas)
Mas antes, a Senhora
chega em Luz e Som
separando o ruim do bom...
E agora,
é qualquer hora!
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
Estratégia velha e sinérgica!
Penso se tudo
estivesse pronto
e nada restasse
deste fazer
hediondo
que nos caça
e testa
e cobra, e pede,
e infesta???
Penso se o tempo
fosse Poesia
e no mais
dia após dia,
um desassossego
um ventar sôfrego
um cantar
inóspito...
Penso cada palavra
em re-harmonia,
em nova estratégia
velha e sinérgica
vulcão e lava!
Re-inventar
o mundo é
hoje o único
jeito de
continuar existindo!
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017
O voo do Urubu
Cada um re-invente a si.
Que pode ser que tenha ainda
jeito de evitar o que finda
o mundo, e a lida de destruir....
Cada um e todos, voltar
pra onde os Maias voltaram
quando viram que findaram
com o que podiam contaminar
toda sua gente foi pro mato,
pra Selva aprender da vida
mais linda que as investidas
de um mal que parece inato,
mas que foi criado como tu,
como eu, como o voo do Urubu!
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Amor delirante
Natural, sua pele
preta, prateada,
branca e pintada,
sem pintura nela...
Pelo tom da Lira,
canto versos soltos,
pinto pés e potros,
nos quadros desta Gira
que é o corpo vivo.
cavalgando os dias
e as noites mais frias,
num construto imaginativo,
lindo, delicado, ofegante,
antecipando o amor delirante.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017
Tempo novo
Enquanto eu aqui, cantava,
Passarim eu vi, voava....
E o seu voo em mim, trinava,
e o meu canto assim, sonhava...
Na rua de chuva e casas,
ou Sol e poeira espessa,
vida de guri, se passa,
bola que quebra a vidraça...
Passarim/menino passarando
de cancela e de repique,
atravessa o dia e assiste,
a noite se revelando,
e o dia azul chegando, onde existe
um tempo novo em tudo brotando.
domingo, 5 de fevereiro de 2017
sábado, 4 de fevereiro de 2017
Tudo
Imagina que se tingisse
o céu de cores frias!
Ou que o mar falasse
de coisas à revelia?
Pensa se as curvas
se arretassem no rumo
de pra onde sobe o fumo,
ou as gavinhas das uvas...
Este mundo é antes
uma compreensão,
um ler, e pegar com a mão...
É estrutural e estruturante,
cria o nada que vemos,
faz ver tudo o que criamos...
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017
Da realeza de nosso povo
E então, o canto
se mostra maior,
ilustra o melhor,
e se projeta dos cantos...
(Porque nas beiradas
da riqueza deste mundo
trabalhadores fecundos
fazem as melodias cantadas....)
E eu aqui, escutando,
e vertendo-me em prantos,
em cantigares de espanto,
neste mundo, onde enganos,
se desfazem ante a beleza,
de nosso povo, a realeza...
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
Mulher brasileira
Quando alguém
do povo morre,
o povo sofre,
além de quem...
Além de quem se vai,
além de quem fica
sentindo a triste e aflita
dor de não ver mais...
Entre os trabalhadores
ama-se a vida que vem
nas trabalhadoras e seus nenens...
Era assim antes dos senhores,
que dizem: "Morra! E viva!
E trabalhe e me sirva!"
Pra D. Marisa Letícia Lula da Silva
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017
Sonho dos mártires
Tempo em que alguém chega,
chegou, se diz e se faz,
se espera, e se aconchega,
na eternidade que se desprega
em, e de mim, a cada dia..
Vê-se e vejo pingarem as gotas
das costas, até a frente das alegrias...
Pois o tempo, sempre re-começa,
em flores e gentes, em abrires...
Todo dia, é da promessa,
de nossos grandiosos cumprires,
que é, cada um ser o que quer ser,
e por amor ao mundo, acontecer!
Isto foi o que sonharam os mártires.
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