Violeiro, mas antes de tudo, Mambembrincante. mambembrincantes@gmail.com (61) 99255-4066
terça-feira, 31 de maio de 2016
segunda-feira, 30 de maio de 2016
domingo, 29 de maio de 2016
sábado, 28 de maio de 2016
Ainda nos chamam à prosa?
Um tempo já foi normal,
e usual, que as Fadas
vigiassem as passaradas...
E por alguém estar vendo,
elas, por serem tão lindas,
batiam asas no vento,
entre alamedas floridas...
Ou ainda, um olho atento,
podia ser motor e calmaria,
sensatez, calma e alegria,
de um lindo canto se vertendo...
Este tempo, continua sendo?
Ainda nos chamam, à prosa,
os espíritos dos elementos?
sexta-feira, 27 de maio de 2016
quinta-feira, 26 de maio de 2016
Dia do corpo
Um dia a um corpo,
lembrando o de todos,
no tronco do ungido,
seu ser exaurido,
pelo mal dos lodos
dos sentimentos parcos...
Um dia dedicado
ao material inspirado,
ao corpo/vela levado
pelo sopro ventado...
Este dia, que se dê
ao que de Deus
se mostra, leva e toca
e se pode amar e tecer...
Este nosso dia,
há de ser
como dos Gregos,
o Kristus, marcado de óleo,
os lampejos de além do óbvio,
iluminaram o entender,
e nos deram este dia,
pra, porque temos corpo, viver
quarta-feira, 25 de maio de 2016
O caminho
O caminho se segue
por si, como um rio
barco descendo baldio,
do ciclo de que bebe
a terra, desde os outeiros,
pela raiz, nos Mulateiros,
nos Açaís e nas Figueiras,
Samaúmas e Palmeiras...
O caminho se alimenta
a si de venturas,
ao mundo de criaturas,
que cada lugar inventa.
O caminho abre as asas,
sobre, e sob nossas casas...
Eu
cá
caminho.
terça-feira, 24 de maio de 2016
Poeira
Um mato sem cores,
tanta era a poeira,
tão cobertas as Algodoeiras,
tão quietinhos os pendores,
que nem mexiam, pelo peso,
nem subiam nos pinos:
Eram parado destino,
tudo seco, amarelo aceso...
E nos caminhos, no vento,
o ar canta, e leva as horas,
no canto do Gavião, que chora,
mesmo quando comendo,
na secura que penhora,
vida e paisagem tecendo...
segunda-feira, 23 de maio de 2016
Canto de Sereia
Eu por tudo revejo,
antepeço, me anteponho,
feito quebrado realejo,
canto só o que componho...
Só o que em mim viceja,
nas campinas do peito,
novo, ou re-feito,
é que de ar se enseja...
E aí, pelos cantos me toca,
como a boca da princesa,
como os dentes da tigresa,
ou, o suspiro que desloca,
o foco do que se anseia,
feito doce canto de Sereia...
domingo, 22 de maio de 2016
Chama que ardia
Olha o mato, prato,
pronto e perfeito,
carbono em peneira,
ciscando poeira,
aves criadeiras,
entre tantos e pleitos,
vastos campos e espaços.
O perfeito estrato,
cândido e etéreo,
virtualmente abstrato,
cultivadamente
dado em mistério.
Então, só por assimetria,
eu me queimava,
enquanto flutuava,
e ainda caía...
E cada vez,
nova vez,
levantarei,
levantei,
e me levantava,
em cada chama que ardia!
sábado, 21 de maio de 2016
sexta-feira, 20 de maio de 2016
quinta-feira, 19 de maio de 2016
quarta-feira, 18 de maio de 2016
Quando canto comigo
E o escuro se deu
com branduras,
e no meio, eu,
na noite escura,
ouvi de longe
chamado que tange,
e sendo se expande
e vindo abrange...
E aí, saí,
peguei um vento,
nas velas batendo,
e eis-me aqui.
Aqui nesta sala,
neste espaço de luta,
que traduz a labuta
desta vida, que fala
que atende e não,
que é dor e pão.
Sei que sigo,
cada dia uma cor,
cada Viola, Tambor,
quando me encontro
e voo, e canto comigo.
terça-feira, 17 de maio de 2016
Fio do destino
um pertinente sentido,
de que afinal, faz sentido,
eu ter ao fio, chegado.
Um último fio, que prende
a vida que me move,
que soa o que me comove,
ao limite se estende?
A vida tem seus halos,
tem auras de cores,
variadas feito as flores,
e tudo por um fio ralo,
estreito e fino, d'eu menino,
e de ninguém, do fio do destino.
segunda-feira, 16 de maio de 2016
Mundo novo
Uma mulher pariu
o imponente Sumo Sacerdote,
o Papa, o carrasco do DOI-CODI,
o cientista, o assassino de fuzil,
o menino que nunca desistiu,
o palhaço e sua sina brasileira
de alegrar nossa gente festeira...
Uma mulher pariu o diplomata,
o Presidente da nação, o ladrão,
o pedreiro, o carteiro, o tecelão,
o camponês que replanta matas,
o cantor de todas as alegrias,
o pintor através de quem a Luz luzia,
e mostrava cansaços e tristezas,
mas, antes, força e beleza.
Toda mulher,
tem em si um povo inteiro.
Cada menina um sementeiro
do mundo novo que se quer!
domingo, 15 de maio de 2016
sábado, 14 de maio de 2016
sexta-feira, 13 de maio de 2016
Outro dia
Vi isto neste filme.
Antes, comentei e ouvi,
já sabia e conhecia,
mas nem imaginava que havia,
o que esta história deu-me...
Eu que nem gosto
do que é do normal gosto...
Antes não gosto,
ou antes o (des) esperado
gosto?
Diz a história:
O conhecimento é
o contrário do castelo,
na ventania:
Todo dia pequenos elos,voam naquela arrelia,
fugidia...
Assim nossa memória recente,
se faz, contrariamente
(ao castelo) combustível de nossa
chama que arde e ardia!
E o castelo, imponente,
ante ninguém pendente,
anuncia:
"Aqui ainda estarei
e quando toda gente,
já for pó, reinarei,
displicente e imponente!"
E um ventinho,
leve e intermitente,
diz ao Tempo:
"Já viu insignificâncias,
de cujas arrogâncias,
se escuta mais longe, mais dentro,
e com mais insensata petulância?"
Quero a sabedoria do vento,
que sabe que pra vida,
feito alegria parida,
sempre tem outro dia!
quinta-feira, 12 de maio de 2016
Luta motivada
No meu pais, os mais ricos,
acham que serve a mulher negra,
não pra Senadora, mas pra arrumadeira,
"tia do café" berrou um ridículo!
No meu país, o dinheiro,
é considerado mais importante,
que cada voto do povo impetrante,
delegado a uma mulher brasileira.
E eu vi, e denuncio disto,
que uma mulher foi cassada,
por ser mulher, e liberada,
e nesta sociedade ninho de vício,
um NAZISTA bandido vence por nada
é constatação pra luta motivada!
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Criaturas
Dias frios, estes.
As manhãs pedem cama,
cobertor, abraço, calma...
Que logo mais,
começa o dia, berrando,
pra bater, no peito, pranto.
E é possível, que uma
dor de fora se instale,
(e uma flor, no entanto, a cale),
que, se canto, o risível se empluma,
e o corpo ganha altura,
nos voos que o dia traz,
e o frio, nem diz mais,
mas o calor que nos faz criaturas
terça-feira, 10 de maio de 2016
Quem já sentiu
![]() |
Palácio de la Moneda - 1973 |
Em tudo se via cinza.
No olhar do homem
que do Estado tem o nome,
seu olhar de medo, avisa...
Quando a arguição é tratada,
como grito de desconformação,
de que vale a razão?
Peixe, posta que nada, nada, nada...
E daqui, de quem
da história se viu
que só se repetiu,
a brutalidade dizendo amém,
que não amem ninguém!
Só sabe quem já sentiu...
segunda-feira, 9 de maio de 2016
Coragem de Útero
Qualquer tempo é sempre
a hora de estar e seguir,
um barco sem porto e partir,
um mar sem praias, só ventre...
Útero, que gera o movimento
todo, cada minuto vivido,
como se fortes e re-paridos,
os seres se voassem em vento,
e se brotassem nas árvores,
em cada capim que balança,
na coragem que cria esperança,
e faz que um, ao outro escore,
e gera em nós desejo de festança,
daquelas, de alegria de criança...
domingo, 8 de maio de 2016
Poema na janela
O Poema é tudo:
- o papel que o escreve,
- a tinta que o grava,
- a mão que rege a pena,
- um canto mudo,
- um sorriso breve,
- uma sentença ignava,
- um ser que se condena,
- todo ser que se salva.
E se for na tela,
- um Poema destila,
- uma Luz revela.
- um vaga-lume cintila
e desvela.
Poema é ave criadorinha...
Muito ovo no ninho,
muito pinto na asa,
cada ventinho se avizinha
e se sente em casa.
Ver o Poema,
é assisti-lo
em qualquer janela.
sábado, 7 de maio de 2016
Se querer cantando
![]() |
Nina Simone - Diva e genial musicista |
O dia em mi, raiou em sóis,
em dós, que aqui, se fás,
em rés que mesmo lás,
sustenida-se em bemóis...
E eu peguei meu lápis,
um pedacinho de papel
de pão, que do céu,
se deu nestes versos em sis...
Me perguntei, então:
Só, e já por isso, se deu
uma música se cozeu?
E a Musa, disse não!
Já se tinha dado quando
sua alma se quis cantando...
sexta-feira, 6 de maio de 2016
quinta-feira, 5 de maio de 2016
quarta-feira, 4 de maio de 2016
A marcha do povo
Os dias contarão histórias,
falarão de angústias,
de gentes de argúcias,
que desrespeitam as memórias,
dos que lutaram nas trincheiras,
pra garantir o direito,
de sonhar com o direito,
e não jogar os do meio pra beira...
Os dias sentenciarão senhores,
que por seus interesses,
oferecem aos seus em prece
uma vergonha que nunca houve.
Os tempos dirão de nós,
que fazíamos humanos escravos,
animais, feito animais, desleixo,
maltrato aos nenéns e avós...
Mas, maior que tudo, o povo,
e sua marcha, cujo destino, é o novo.
terça-feira, 3 de maio de 2016
Ato pedagógico perfeito
![]() |
Ocupações de escola ensinando cidadania |
e ouvi uma história imprecisa...
Era prolixa, cantante, concisa,
e me contava de uma festa:
Eram meninas e meninos,
nas escolas, seu zoológico,
num perfeito ato pedagógico,
em que a peleja ensinando tinos,
fez re-ensinar a nós, a luta,
renascendo o tempo todo,
rolando a pedra, tirando o lodo,
ressignificando a velha permuta,
do novo que vem criança,
ocupa as escolas e dá sentido,
grita alto contra o desmedido,
exige a manutenção da esperança,
e aponta na direção da Luz,
que brota de portos e estradas,
e nos cria a alegria ilustrada,
que pra um mundo novo, conduz.
segunda-feira, 2 de maio de 2016
Memórias
![]() |
Apiakás do Rio Arinos |
Me lembrei dos cheiros,
das texturas, dos prazeres
os que nos sabíamos seres,
nos primórdios deste viveiro,
quando pesquisávamos
nas extremidades e meios,
nos buracos e outeiros,
em tudo buscávamos...
Então, tudo era fartura,
mesmo o mais distante,
fazíamos juntos, em instantes,
pois que, nós, almas puras,
nem sabíamos além,
do mundo ser nosso, e de quem...
domingo, 1 de maio de 2016
Poesia, por todo lado
![]() |
François Boucher |
das armas, o brilho,
do caminho, os trilhos,
o meu ser se prostra?
Cada dia é luta,
e sei que se vence,
se sem violências se tece,
uma inédita e arguta,
nova estratégia que inclua,
o Sol como aliado,
os rios, os bichos, o mato,
a existência clara e crua,
nas flores e bichos alados,
e na Poesia, por todo lado!
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